DR> GARCIA da ORTA - Medicina Ayurveda e Herbologia 1499-1568


                                                                   Garcia da Orta


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                                                                      (1499 - 1568)

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Médico português e cristão-novo nascido em Castelo de Vide, autor do famoso livro Colóquios dos Simples e Drogas e Cousas Medicinais da Índia, escrito em latim e português e impresso em Goa (1563) como o terceiro livro a ser impresso na Índia portuguesa. Descendente dos judeus expulsos da Espanha (1492) e que se abrigaram em Portugal, fez parte daqueles que D. Manoel converte compulsoriamente ao cristianismo (1497), daí ficarem conhecidos como cristãos-novos, termo que já existia em Castela e Aragão. Os pais desse autor, Fernando (Isaac) da Orta e de Leonor Gomes, permanecem em Portugal e começam a fazer sua vida no novo país, enquanto que o filho, depois de terminar seus estudos gerais, seguiu para Salamanca e Alcalá de Henares, em Castela, onde estudou medicina. Ainda na universidade, interessa-se pelo estudo das plantas medicinais, dos animais e minérios com uso medicinal ou simplesmente daquelas novidades do mundo natural que nunca haviam sido relatadas. Retornou para Portugal (1523) e recebe a autorização para clinicar. Exerceu a medicina por algum tempo, conviveu com importantes figuras da intelectualidade portuguesa e ingressou como professor de Lógica na Universidade de Coimbra (1530), raças à influência de um tio, Francisco da Orta, médico do futuro cardeal D. Henrique. Quatro anos depois de se tornar um professor conceituado e querido, mas insatisfeito com a rotina e também pressionado pela descriminação contra os judeus, partiu para Goa, Índia portuguesa, junto com o amigo Martim Afonso de Souza, que havia voltado do Brasil e fora nomeado Vice-Rei da Índia. Nestas novas terras passou a residir junto com sua família em Goa, então sede do governo português na Índia, trabalhar como médico. Em Goa conheceu o trabalho dos médicos árabes e dos médicos hindus e tomou contato com conhecidas e novas doenças. Como médico participou da primeira autópsia realizada em Goa, por ocasião de uma epidemia de cólera (1543). Mas também é atraído pela grande variedade de plantas medicinais e comestíveis, de resinas, de secreções animais, de minérios. Uma inteira e nova Matéria Médica que era desconhecida dos europeus e, paralelamente a sua atividade de médico, passou a cultivar ervas medicinais para seus estudos e atuar no comércio de especiarias e pedras preciosas. Viajou pelo interior das possessões portuguesas na Índia e acompanhou expedições militares, chegando até o Ceilão. Coletando todas as informações possíveis, estudou a nomenclatura local das doenças e de seus remédios, comparando com o que conhecia na Europa e suas possíveis correlações. Infelizmente o Santo Ofício chegou a Goa (1560) comandado pelo desembargador da casa da suplicação e inquisidor de Goa, D. Aleixos Diaz. E assim, novamente perseguido por motivos religiosos, seus últimos anos de vida tornaram-se bastante atribulados, inclusive enfrentando dificuldades financeiras e querelas familiares. Pessoas de sua família são devassadas pela fúria inquisitorial, não só em Goa, como também em Portugal. Sua irmã, Catarina, foi levada à Catedral de Goa e sentenciada à morte na fogueira, acusada de professar o judaísmo. Amargurado e passando por extremas dificuldades, caiu gravemente enfermo e morreu em Goa. Mesma assim sua lembrança não teve sossego, pois foi condenado post-mortem pelo Tribunal do Santo Ofício, acusado pelo crime de judaísmo, e teve seus ossos desenterrados e queimados. Seu tratado das plantas medicinais da Índia constituiu o primeiro estudo sistemático nesta área, resultado de 36 anos da sua vida estudando as propriedades curativas das plantas e árvores asiáticas.




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