João Pestana e Nossa Vó Maria: escolhendo feijão










Escolhendo Feijão





Novamente aqui sozinha, eu em minha cozinha

Desta feita mais esperta com muita disposição

Sem titubear decidi - vou escolher feijão –

Nessa hora, recordações na memória

Que enlevam a alma e fazem bem ao coração

É meu momento nostálgico, mas me sinto tão feliz.

E agora me veio à mente, quão eu ficava contente

Na casa de minha avó, para tudo ela me chamava

E de ajudante me intitulava, até para cozinhar

Mas minha avó era mágica, catava grãos com rapidez

E em seu fogão cozinhava tudo de uma só vez

Fumegava o arroz e apitava a pressão

Chique-chique, imitando trem. Nossa! Era uma canção.

O aroma de delícias viajava por todo quarteirão

As vizinhas, em alvoroço, chegavam até o portão

Exclamavam sorrindo - é daqui sim este cheiro,

Dona Maria e seu tempero a postos no fogão –

Que comida mais cheirosa, e que sabor sem igual

Espero um dia chegar a cozinhar tal e qual.

Mas por ora, sem devaneios, vou escolher meu feijão,

E quando a panela em minha cozinha fumegar

E de repente fizer o seu trenzinho soar

Então sonharei com aqueles dias brilhantes

Que na minha infância eram constantes,

Na casa de minha avó... eu brincava.

As plantas regava, com alegria sem fim

E eu me sentia muito importante

 Pois lá estávamos nós duas no jardim

E da minha avó eu era a ajudante.




Todos os dias eram festivos, eram assim

Mas na hora de cozinhar, eu queria ajudar

Empurrava uma cadeira e nela eu subia

E em pé perto da pia, “ajudava” minha Vó Maria!

Sandra Barra

14/09/2011








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